Como enriquecer as suas histórias -parte 01: worldbuilding
Dentro da nossa série de pequenos artigos com o intuito de ajudar os iniciantes da escrita ou mesmo os enferrujados, vamos começar uma série de artigos voltados para o enriquecimento de histórias. Algumas pessoas tem facilidades para criar histórias, o que não significa que elas automaticamente serão boas histórias, até porque quantidade não necessariamente significa qualidade, além de que com o passar do tempo o autor pode cair na armadilha de repetir fórmulas que ele acredita que deram certo, tornando tudo repetitivo pra quem já conhece o autor.
Eu não sou a dona da verdade, nem detenho todo o conhecimento do mundo da criação de histórias, mas o que notei durante esses anos todos foi que as histórias que possuem um worldbuilding geralmente são as mais fascinantes. Para quem não sabe worldbuilding é um termo em inglês que significa construção de mundo, que na minha humilde opinião eu diria que é basicamente aproximar uma história de uma realidade mundo-sociedade, (chamo de mundo sociedade qualquer tipo de cenário onde haja a presença de comunidades delimitados por um território ou mais dentro de um espaço geográfico, seja ele físico como uma ilha ou humano como uma cidade ou vila).
Vamos simplificar um pouco, imagine uma história que só gira totalmente em torno de um personagem principal, os npc’s nem tem nome, os lugares e as pessoas são todos iguais ou seguem 3 ou 4 padrões de aparência e comportamento, a missão do personagem é matar monstros e coletar itens pra vender na cidade. Agora vamos pensar em uma história ambientada numa cidade fundada sobre uma antiga mina de um minério poderosíssimo que ficou muito rica mas depois com a fim da produção decaiu para uma cidade de foras da lei. Nessa cidade guildas de ladrões disputam poder e a guarda local é corrupta. Sua personagem chegou para mudar essa situação e ao mesmo tempo decifrar um mistério que envolve seu passado e o líder de uma dessas guildas. Acho que agora tudo ficou bem mais interessante né? Tudo bem, eu sei que eu escrevi um clichê, mas quando elementos externos ao personagem adentram a história ela fica muito mais agradável, e não é a toa que as grandes franquias são em suma maioria histórias com uma worldbulding bem feita e dezenas de personagens ás vezes situados em diferentes períodos históricos. Não estou dizendo que você precisa ser o novo Tolkien, mas que deve fazer um esforço extra e ir um pouco além da heroína ou herói da história. Com certeza vai valer a pena!
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